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TIRADENTES - A CEREJA DO BOLO!

  • 24/04/2018 09:43

Confesso que quando soube que a inscrição para a Prova Rústica Tiradentes, a mais tradicional de Maringá e uma das mais importantes do sul do país, seria gratuita, não gostei da ideia. Imaginei muita badalação e pouco compromisso, isto é, várias inscrições e baixa presença no dia da prova. Tive medo de que a gratuidade tirasse o brilho dessa prova, que para mim e muitos corredores, é a cereja do bolo. A gente pode correr em outras cidades e até países, mas a Tiradentes é a nossa preferida. Para minha alegria eu estava enganada. O que aconteceu neste domingo de sol radiante e céu de um azul inexplicável foi uma festa linda, um mar de corredores que deixou a prova ainda mais especial.

 

Pontualmente às 8h foi dada a largada. No ato da inscrição era preciso informar a previsão para completar o percurso. Em respeito a este critério, os mais rápidos largaram primeiro e assim sucessivamente.

 

A torcida maringaense incentivou os atletas durante todo o trajeto. Tamanha alegria dava a impressão de que estávamos indo a uma festa. Sim, o maringaense ama essa prova e, sim, a Tiradentes motivou meu início nas corridas, lá em 2013, embora minha estreia na prova tenha sido em 2015. No ano seguinte, mais confiante e preparada, encarei os 10 km e fiz um tempo melhor.

 

Em 2017 a prova ganhou um novo significado, maior e especial. Fui chamada para ajudar uma amiga a empurrar a cadeira de rodas do tio. Junto com outros amigos ‘fomos’ as pernas do Pastelzinho e nos revezamos empurrando sua cadeira.

 

 

Este ano, o Jair era mais um entre os mais de 6 mil corredores que participaram da 44ª edição. E novamente eu estava lá com mais quatro amigos, só que, desta vez, ficamos literalmente ao lado dele, que desejou completar o trajeto sozinho. Fomos apenas escolta, abrindo alas para que sua participação ocorresse com o máximo de segurança possível, uma vez que a prova não tem largada diferenciada para cadeirantes.

 

Nosso amor pela corrida supera limites e participar desse momento, mesmo que em ritmos variados, ora mais forte, ora mais devagar, é gratificante. A sensação de euforia e alegria que nos invade ao final da competição só é menor que o exemplo de garra e superação que nos inspira a encarar os desafios e a enfrentá-los de cabeça erguida.

 

Andréa Tragueta - Atleta e Supervisora de Editoração